Weis Timelenders

Desperdice seu tempo e você apenas estará sem dinheiro, ou seja, lembre-se que o tempo é dinheiro e o relógio está correndo!

Sociedade

Em um futuro próximo, a moeda de papel acabou e o tempo se tornou o novo dinheiro. Após a humanidade descobrir e bloquear o gene do envelhecimento, a maneira de se manter a sociedade capitalista e controlada foi implementar e utilizar o tempo de vida como forma de pagamento e recebimento.

“Lembrem-se que o o tempo é dinheiro!” Benjamin Franklyn

Todo mundo podia crescer até os 25 anos e ao passar dessa idade, os cronômetros instalados desde o nascimento eram ativados em seus braços e assim as pessoas se tornariam jovens para sempre, desde que pagassem pelo o que consumisse.

A quantia em dinheiro costumava ser exibida no braço esquerdo.
O cronômetro tinha um problema de design ao ficar ligado. Pois ficava com a luz ligada e brilhava no escuro o tempo todo, assim atrapalhava ações furtivas, além de chamar muita atenção para pessoas que gostariam de transar no mar durante a noite em segredo.

Os mais ricos eram os mais velhos, eles possuíam séculos de vida, enquanto os mais pobres precisavam conviver com uma contagem regressiva constante e desesperadora.

A moda. os carros e arquitetura dos mais ricos eram vintage, pois eram as pessoas mais velhas, não importando a aparência.

A quantia em dinheiro podia variar entre séculos a segundos. Os estabelecimentos como restaurantes e mercados tinha controle total em cobrar o quanto quiserem pelos os seus produtos e serviços oferecidos.

Cardápio de uma cafeteria.
Tabela de preços de uma mercearia.

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Geografia

As classes sociais eram divididas também pela geografia, pois existiam zonas de tempo que segregavam a população por quantidade de tempo de vida. Logo, a qualidade de vida também era diferenciada por zona.

Toda divisa entre as zonas possuía um pedágio. As zonas mais pobres se localizam mais próximas do centro do país, enquanto as mais ricas ficam no litoral.

Mapa dos Estados Unidos dividido em zonas temporais.

As zonas de tempo com número mais altos eram voltados para a classe social mais pobre e era o lugar aonde as indústrias se instalavam. Eram os lugares aonde tinha mais concentração de pessoas por metro quadrado, mais mão-de-obra braçal disponível e mais violência.

A Zona 14 é a mais pobre.

Enquanto no litoral, as pessoas mais abastadas moravam em suas mansões e trabalhavam em seus arranha-céus (não é muito diferente da nossa sociedade atual). Os mais pobres que trabalhavam nas zonas mais ricas costumavam receber vale-transporte para a locomoção da casa ao trabalho.

Pedágio da Zona 12 (esquerda) e entrada para a Zona 4 (direita).

Banco de Tempo

A empresa responsável pela manutenção, controle e transferência do dinheiro das pessoas era o banco Weis Timelenders. O CEO e fundador da companhia era o Phillip Weis, um homem com aproximadamente 80 anos, mas com aparência eterna de 25. Ele, sua esposa, sua filha e sua sogra aparentavam ter o mesma idade visual.

Phillip Weis (Vincent Kartheiser) a frente o controle mundial de tempo.
O mapa-mundi informava o equilíbrio temporal mundial.

O banco possuía agências bancárias, caixas eletrônicos, postos de troca e lojas de penhor para manter a rotatividade do dinheiro. Os carros-fortes e segurança reforçada eram essenciais para o funcionamento desses estabelecimentos, pois não havia mais malote de dinheiro, mas muitos pendrives com altas quantias de tempo que precisavam ser transportados em segurança.

Agência bancária da Weis Timelenders.
Cofre de uma agência bancária recheado de pendrives.

Algumas agências bancárias possuíam sinais de aviso para informar se havia ou não tempo estocado para o saque. O horário de funcionamento poderia variar de acordo a situação econômica da região. Se houvesse alguma crise financeira, elas sequer abriam.

Sinalização do estoque e um banqueiro responsável por uma agência.

Método de Pagamento

Para a receber e realizar um pagamento, a pessoa deveria esticar o braço direito até um leitor de código barras que leria o pulso dela, assim o dinheiro seria aplicado ou descontado. O braço esquerdo costumava ser o cronômetro,  ou seja, informava o saldo de tempo da pessoa.

Recebimento do salário e pagamento de uma conta.

Também existia a possibilidade de transferência manual de tempo entre pessoas. Com um simples “cumprimento” e pensamentos iguais, o tempo era transferido entre elas. Os apostadores utilizavam esse método para ganhar dos seus adversários e se fosse muito forçado, poderia ocasionar até a morte do adversário que tivesse menos tempo.

Transferência manual do tempo de vida.

Força Policial

A força policial especializada em caçar ladrões e apostadores ilegais eram os Timekeepers (ou Cronometristas). Eles tinham livre acesso a qualquer zona temporal, possuíam porte de arma e carros blindados turbinados. Mesmo com liberdade total para agir, deveriam responder diretamente a Weis Timelenders.

Eles também tinham o maior banco de dados do mundo. Este, podia informar todos os dados pessoais de um suspeito e de seus familiares em tempo real. Conseguiam saber a data e local de nascimento, a moradia atual, o histórico bancário e a ficha criminal dessas pessoas.

O Timekeeper Raymond Leon (Cillian Murphy).

Mortalidade

A contagem regressiva sempre foi um aviso de morte, se o relógio zerasse, a pessoa morria instantaneamente, mesmo se o tempo de vida dela for de 25 anos. Assim como uma máquina, se estivesse desligada, não funcionava e não religava. O tempo estava mortalmente ligado diretamente a vida das pessoas.

O contador se apagava após a contagem regressiva chegar a zero.

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Crítica Social

A Weis Timelenders é a companhia fictícia presente no filme o Preço do Amanhã. A trama se passa após a Sylvia Weis (Amanda Seyfried), filha do CEO, completar os 25 anos e se apaixonar por Will Salas (Justin Timberlake), um rapaz da Zona 14, suspeito de roubar bilhões e filho da Rachel Salas (Olivia Wilde), mulher gentil e trabalhadora que morreu após não conseguir pagar a passagem do ônibus e de um ex-criminoso famoso entre os Timekeepers e que morreu apostando.

Letreiro de uma agência bancária da Weis Timelenders.

Ambos fogem juntos e começam a comentar crimes como assaltos agências bancárias com intuito de distribuir dinheiro para os mais pobres e assim desequilibrar o tempo entre as zonas.

O casal é uma mistura entre o conto do Robin Hood, lendário arqueiro que roubava dos ricos para dar para os mais pobres e o casal Bonnie & Clyde, ladrões de banco no início do século XX, nos Estados Unidos.

As duas inspirações são exemplos de pessoas que ficaram famosas ao desafiar o sistema e o status quo.

O filme A Louca! Louca História de Robin Hood (esquerda) e a minissérie Bonnie & Clyde (direita).