A Tyrell Corp na Sociedade
Em um Futuro Próximo…
Los Angeles – 2019
No ano de 2019, a corporação high-tech Tyrell Corp controlava a futurista e industrializada cidade de Los Angeles. A sociedade naquela época era avançada tecnologicamente.
A cidade era sede corporativa da empresa e após um cataclisma global, ela ajudou a sociedade ocidental renascer e prosperar.
Estilo Arquitetônico e Estética
A arquitetura dessa nova Los Angeles foi completamente remodelada e renovada com inspirações nas antigas civilizações, como o Antigo Egito e o Império Maia a culturas orientais, como a japonesa, chinesa, coreana, tailandesa, filipina, indonésia e vietnamita.
Essa mistura de culturas surgiu da nostalgia sobre grandes impérios divinos do passado com a imigração em massa de povos do Pacífico depois do cataclisma.
A estética oriental também influenciou a gastronomia e o estilo de vida das pessoas. Mercados de rua, anúncios e letreiros em outras línguas eram comuns no cotidiano dos moradores da cidade.
Carros Voadores
A cidade cresceu para cima e a maioria dos automóveis terrestres tiveram que ser substituídos por veículos voadores, os Spinners.
As ruas eram abarrotadas de pessoas e quase impossível de circular. Esse tipo de veículo foi essencial quando tiveram que verticalizar a metrópole.
Exploração Espacial
A escassez de recursos e altos níveis de poluição no planeta Terra obrigaram a raça humana agir e a solução era realizar a exploração e colonização espacial.
O Off-World (espaço) era um lugar hostil aos humanos e vidas tinham altos custos para as empresas. A Tyrell Corp inventou a ciência da replicação para atender essa demanda.
Ela desenvolveu seres geneticamente alterados em laboratório, os replicantes, um tipo de androide com reações humanas.
A corporação monopolizava essa tecnologia, o que a fez lucrar muito e se tornar a empresa mais valiosa da sua geração.
Replicantes
A tecnologia replicante da Tyrell Corp foi desenvolvida para a realização das tarefas mais pesadas, perigosas e degradantes durante a colonização do espaço sideral.
“Mais humanos que os humanos.”
– lema da Tyrell Corporation
Os replicantes possuíam aparência física idêntica aos humanos e eram mais fortes e ágeis. Os problemas eram a instabilidade emocional, a empatia reduzida e o comportamento agressivo. Eles foram programados para terem um período de vida limitado de apenas 4 anos.
O Nexus-6 foi último modelo de replicante produzido pela corporação. Eles eram mais eficientes e inteligentes que os modelos anteriores.
A produção de novos replicantes foi proibida após uma rebelião em um colônia espacial.
A companhia de telefonia Motorola adotou esse nome para um modelo de smartphone.
Revolução Replicante
Os replicantes começaram a questionar seu papel na sociedade, as datas de validade e as condições de trabalho em ambientes hostis. Eles eram escravos modernos e eram vendidos como mercadorias.
Eles se rebelaram violentamente contra os humanos na colônia espacial Portão de Tannhäuser, próximo da Constelação de Órion.
“Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque ardendo no ombro de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.”
– Roy Batty, líder da rebelião replicante.
O grupo rebelde buscou uma revolução armada com objetivo de garantir sua liberdade individual, sua abolição da escravidão, sua imortalidade e mostrar superioridade contra os seus criadores humanos.
Caça às Bruxas
A humanidade decretou o fim da produção de novos replicantes Nexus-6, proibiu a entrada deles na Terra e criou uma força policial de elite para caçá-los.
A força policial de caçadores de androides era composta pelos blade runners. A própria corporação Tyrell Corp financiava e fornecia equipamento para eles, como tecnologias aperfeiçoadas de identificação replicante clandestina.
Máquina Voight-Kampff
Todos os suspeitos de serem replicantes clandestinos eram levados para um interrogatório. A sessão contava com uma máquina Voight-Kampff para auxiliar o policial na confirmação da identidade do suspeito.
A máquina era um tipo de polígrafo inspirado no Teste de Turing. Este teste consiste avaliar e diferenciar uma inteligência artificial com uma humana. O procedimento busca entender se a máquina consegue pensar por conta própria ou se foi programada.
Essa máquina foi citada pela primeira vez no romance Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, do escritor de ficção-científica Philip K. Dick e adaptada no filme Blade Runner, do diretor Ridley Scott.
O Filme Blade Runner
Rick Deckard
O livro e a adaptação cinematográfica foram protagonizados pelo experiente blade runner Rick Deckard (Harrison Ford). Ele recebeu a tarefa de caçar uma célula de replicantes ilegais nas ruas de Los Angeles.
Investigação Policial
Em suas investigações, ele encontrou, confrontou e perseguiu uma replicante ilegal que adotou a identidade de uma dançarina em uma boate de striptease.
Ele ficou impressionado com a força bruta da suspeita e sua determinação em continuar viva. Para tentar entender melhor o modelo Nexus-6, ele visitou o inventor da tecnologia replicante.
Conversa com o Criador
O Dr. Eldon Tyrell, (Joe Turkel) sócio-fundador da Tyrell Corp e inventor da tecnologia replicante recebeu o detetive em sua casa para uma conversa.
O inventor era um senhor excêntrico com complexo de deus, como um faraó. Ele auto nomeava o Pai dos Replicantes.
Ele continuou influente politicamente e economicamente após o bloqueio e era um dos poucos humanos que ainda podiam portar replicantes assistentes na Terra.
A Rachel (Sean Young) era sua replicante assistente pessoal do inventor e soube da sua natureza, após que o interrogatório do Rick Deckard.
A Sede da Tyrell Corp
O inventor morava na cobertura de uma das pirâmides da sede corporativa da corporação. As estruturas megalíticas de 800 pés eram os prédios mais altos da região e ficavam acima das nuvens de poluição.
O local funcionava como centro de poder, uma fortaleza, como nas civilizações antigas. Nos céus, acima das nuvens, ele reafirmava a sua posição como um deus-vivo.
O interior da sua casa lembrava uma mistura exótica de culturas extintas, como a egípcia, a greco-romana e a maia. Havia tronos, colunas e muita simbologia antiga.
O aspecto arquitetônico pode ter sido inspirado em um templo antigo e era o lar de uma coruja replicante de estimação.
Identidade Visual
A coruja simboliza a sabedoria e o conhecimento da deusa grega Atena. Este símbolo está presente no logotipo da corporação.
Outro símbolo divino é o tridente que remete ao deus romano Netuno. Na psicologia, o tridente representa a tríade das forças da consciência: o id (inconsciente), o ego (pré-consciente) e o super ego (consciente).
O Ajudante Invisível
O criador não desenvolveu a tecnologia replicante sozinho, ele recebeu ajuda do bioengenheiro J. F. Sebastian (William Sanderson). A saúde debilitada dele inspirou a implementação da força super humana e a imposição da data de validade nos replicantes.
Sebastian era fraco fisicamente e emocionalmente, ele tinha uma doença degenerativa de envelhecimento precoce. Boatos afirmavam que ele considerava os replicantes seus amigos e havia inserido emoções neles.
O bioengenheiro era o ponto fraco da corporação. Ele não tinha amigos humanos, vivia solitariamente e tinha acesso direto ao Dr. Eldon Tyrell.
Criatura x Criador
Roy Batty (Rutger Hauer) e outros replicantes ilegais convenceram ele a levá-los até o seu criador. O líder da facção confrontou e matou o inventor, replicando o confronto entre criatura e criador presente no conto do Doutor Frankenstein da Mary Shelley.
A maioria dos replicantes ilegais foram caçados e mortos pelo blade runner Rick Deckard. O líder Roy Batty morreu depois de aceitar que seu prazo de validade havia expirado.
O Filme Blade Runner 2049
Los Angeles – 2049
O Apagão de 2022
A sequência Blade Runner 2049, do diretor Denis Villeneuve, acontece anos depois do primeiro filme. A Tyrell Corp foi dissolvida após uma nova revolta replicante responsável pelo Apagão de 2022.
A guerra destruiu algumas metrópoles e as transformou em zonas inabitadas, em cidades fantasmas e em grandes lixões.
Todos os registros sobre os replicantes foram deletados ou esquecidos nos porões da sede corporativa. Grande parte de replicantes escapou dos caçadores e se misturou entre os humanos.
O trabalho escravo não acabou e fora das grandes metrópoles, utilizavam o o trabalho infantil como mão-de-obra.
A Wallace Corporation
Depois da dissolução, a empresa Wallace Corporation adquiriu os espólios da Tyrell Corp, incluindo todas as patentes, produtos e propriedades.
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As antigas sedes corporativas em formato de pirâmide foram convertidas na nova sede desta corporação emergente e em um armazém de todos os arquivos que não foram deletados do sistema.
A Wallace Corporation continuou o trabalho da sua antecessora e desenvolveu o Nexus-9, um tipo de replicante que não questionava as ordem dos humanos.
O policial K (Ryan Gosling) foi blade runner replicante de propriedade da para a polícia de Los Angeles.
